sábado, maio 17, 2008

Noite do dia G :)

Acabo de chegar a casa e de me deliciar com um pequeno brigadeiro.
Enquanto escrevo este post, percebo que para quem esperava pelo (in)esperado, digamos que tal espera se revelou, não só infrutífera, como também irrelevante.
A "culpa" pode ter sido dos malibus, pode ter sido da música, da dança (que se não fossem os sapatos novos teria sido concerteza mais...), ou então não!
A verdade é que, há precisamente 24 horas atrás o meu sono era interrompido por dores agudas de alma, por sensações de perda, por lágrimas atrevidas de um quase desespero... e o que dantes demorava dias, semanas e até meses para acalmar, hoje percebo que não passa de algo (não sei que nome lhe dar) com o qual vivo com alguma tranquilidade.
Talvez o tempo seja mesmo o melhor conselheiro, ou um bom remédio que nos vai anestesiando as dores, até chegarmos a um ponto em que perdemos a sensibilidade... não sei...
De qualquer forma, uma coisa é certa: as feridas podem até ser curadas, mas a cicatriz fica lá para sempre... Podemos disfarçá-la com um pouco de sol, tapá-la com qualquer coisa, mas nada disso fará com que desapareça! Resta-nos aprender a viver com ela e esperar, sem desesperar, por mais uma noite como a de hoje... :)

sexta-feira, maio 16, 2008

Dia G

Hoje tive um dia G!... Não... não G do ponto G! É G de "gaja".
Sabem bem este dias, em que no final de mais uma semana de trabalho, nos dedicamos aquilo que mais importância deve ter para todas as mulheres: dar-nos valor!! Valor pelo que somos, pelo que fazemos, pelo que pensamos, pelo que desejamos, por tudo aquilo que nem sempre nos valorizam.
(Não vou entrar em clichés feministas até porque penso que homens e mulheres são bem diferentes, cada um com o seu valor.)
Depois de sair do trabalho e ainda a digerir as novas decidões, voltei para casa e para a minha sopa de legumes... O verão está aí e Gaja que é Gaja tem que se preocupar com a linha! :) Com a longa tarde que estava a começar, olhei em volta, para as "minhas" águas furtadas de tanto me acolhem e fiz aquilo que julgo que todas as mulheres gostam: cuidar do seu cantinho, pô-lo ainda mais confortável e acolhedor... Numa esperança ora imensa, ora fugaz, de uma visita tão (in)esperada... que não chegou...
Tarefa terminada, fui fazer outra coisa que julgo que é ainda mais do agrado feminino: esteticista! 30 minutos de descontração, ao som de música indiana, em que o corpo é o actor principal...
Depois do momento relax, mais uma "tarefa" de gaja: compras!! Uns sapatos (a minha perdição) e uma mala (bem gira, por sinal). Um passeio pelas estreitas ruas da baixa de Ayamonte e um lanche que deitou por terra a preocupação pela linha: uma napolitana de chocolate quentinha e um capuccino... hummm... o chocolate tem verdadeiramente um poder extraordinário! À medida que saboreava aquele manjar, recordava uma outra napolitana também de terras espanholas que partilhei em tempos com alguém e desejava repetir aquele momento que perdurou...
Estava na hora das compras no supermercado! Lá fui eu, procurando lembrar-me de tudo o que precisava... e como é óbvio, ainda me esqueci de algumas coisas!
Voltei para casa... ainda na espera da visita que não apareceu... E resolvi experimentar mais uns pratos na minha Bimby! Para terminar fiz uns maravilhosos brigadeiros!!
Agora vou jantar e preparar-me para sair. Vou pôr-me bonita e perfumada porque me apetece dar-me valor, porque mereço ser apreciada.
Vamos ver como corre a noite....

quinta-feira, maio 15, 2008

Não posso adiar o amor

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração.

António Ramos Rosa